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  • Foto do escritorFlávia Gouveia

O valor da família

Um jovem foi se candidatar a um cargo alto numa grande empresa. Passou na entrevista inicial e teve a última entrevista com o diretor.


O diretor viu o seu CV, era excelente. E perguntou-lhe:

– Recebeu alguma bolsa na escola? – o jovem respondeu – Não. – Foi o seu pai que pagou pela sua educação? – Sim – respondeu ele. – Onde é que seu pai trabalha? – Meu pai faz trabalhos de serralheria.

O diretor pediu ao jovem para mostrar as suas mãos. O jovem mostrou as suas mãos suaves e perfeitas.

– Já ajudou seu pai no seu trabalho? – Nunca, meus pais sempre quiseram que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, ele pode fazer essas tarefas melhor do que eu.

O Diretor lhe disse:

– Eu tenho um pedido: quando for para casa hoje, vá e lave as mãos do seu pai. E venha me ver amanhã de manhã.

O jovem sentiu que a possibilidade de conseguir o trabalho era alta! Quando voltou para casa, ele pediu ao seu pai para deixá-lo lavar suas mãos.

O pai achou estranho, mas com uma mistura de sentimentos e mostrou as mãos para o filho. O rapaz lavou as mãos do pai lentamente. Foi a primeira vez que ele percebeu que as mãos do pai estavam enrugadas e tinham muitas cicatrizes. Algumas contusões eram tão dolorosas que pele se arrepiou quando ele a tocou.

Esta foi a primeira vez que o rapaz se deu conta do significado destas mãos que trabalham todos os dias para pagar os estudos. As contusões nas mãos eram o preço que o pai teve que pagar pela sua educação, e o seu futuro.

Depois de limpar as mãos do pai, o jovem ficou em silêncio organizando e limpando a oficina do pai. Naquela noite, pai e filho conversaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi encontra-se com o Diretor.

O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do moço quando ele perguntou:

– Pode me dizer o que fez e aprendeu ontem em casa?

O rapaz respondeu:

– Lavei as mãos de meu pai e também terminei de limpar e organizar sua oficina. Agora eu sei o que é valorizar, reconhecer. Sem os meus pais, eu não seria quem eu sou hoje…

Por ajudar o meu pai agora eu percebo o quão difícil e duro é para conseguir fazer algo sozinho. Aprendi a apreciar a importância e o valor de ajudar a família.

O diretor disse:

– Isso é o que eu procuro no meu pessoal. Quero contratar uma pessoa que possa apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conhece os sofrimentos dos outros para fazer as coisas, e que não coloca o dinheiro como seu único objetivo na vida. ESTÁ contratado!

Uma criança que tenha sido protegida e habitualmente dado a ela o que quer, desenvolve uma mentalidade de “Tenho direito” e coloca-se sempre em primeiro lugar. Ignora os esforços dos seus pais.

Se somos esse tipo de pais protetores, estamos realmente demonstrando amor ou estamos destruindo os nossos filhos?

Podes dar ao teu filho uma casa grande, boa comida, educação, uma televisão grande… Mas quando estás lavando o chão ou pintando uma parede, por favor, convida o teu filho a experimentar isso também.


Depois de comer, que lave os pratos com os seus irmãos e irmãs. Não é porque não tens dinheiro para contratar alguém que faça isso; é porque queres amar da forma certa. Não importa o quão rico és. Um dia, vais ter cabelos brancos como a mãe ou o pai deste jovem.

O mais importante é que a criança aprenda a apreciar o esforço e ter a experiência da dificuldade, aprendendo a capacidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

(Tradução do post de Adri Gehlen Korb)

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